O PENSAMENTO PEDAGÓGICO ORIENTAL.
O pensamento pedagógico surge com a prática da educação, com a necessidade de ordená-la para determinados fins e objetivos. O Oriente afirmou os valores da não-violência e da meditação. A educação estava relacionada sobretudo com a religião, como o taoísmo, o budismo, o hinduísmo e o judaísmo.
A educação primitiva era prática, marcada pelos rituais de iniciação e tinha como base a visão animista: tudo possuía uma alma semelhante à do homem. A educação oriental baseava-se na imitação e na oralidade, limitada ao presente. Era também espontânea, natural e não-intencional.
O taoísmo é a doutrina pedagógica mais antiga e seus princípios são uma vida tranqüila, sossegada. Baseado nesta doutrina, Confúcio criou um sistema moral que exaltava a tradição e o culto aos mortos. Considerava o poder dos pais sobre os filhos ilimitado. Criou também um sistema de exames baseado no ensino dogmático e memorizado. Dessa forma, fossilizava a inteligência, a imaginação e a criatividade. A educação chinesa tradicional visava reproduzir o sistema de hierarquia, obediência e subserviência ao poder dos mandarins.
A educação hinduísta também tendia para a contemplação e reprodução das castas, exaltando o espírito e repudiando o corpo.
Os egípcios foram os primeiros a dar maior importância ao ensino e a eles devemos o uso prático das bibliotecas. Criaram casas onde ensinavam a leitura, a escrita, a história dos cultos, a astronomia, a música, e a medicina.
Essas doutrinas pedagógicas se estruturaram a medida que surgiam as classes na sociedade. A escola como instituição formal surgiu como resposta à divisão social do trabalho e ao nascimento do Estado, da família e propriedade privada.
Na comunidade primitiva toda a população tinha direito à educação, em função da vida e para a vida. A escola era a própria aldeia. Com a divisão do trabalho, surgiram as especialidades. A escola não é mais a aldeia e a vida, funciona num lugar especializado onde uns aprendem e outros ensinam. A escola que conhecemos hoje nasceu com a desigualdade econômica e com a hierarquização. A história da educação se desenrolou baseada na história das desigualdades econômicas. A educação primitiva era única e igual para todos, com a divisão social do trabalho aprece também as desigualdades na educação: uma para ricos e outra para pobres.
O PENSAMENTO PEDAGÓGICO ROMANO
Roma e na Grécia, são sociedades escravistas, onde o trabalho manual não é valorizado, e o trabalho intelectual é considerado trabalho da aristocracia, que consiste numa pequena parcela da sociedade, os cidadãos livres.Seus estudos eram na maioria das vezes humanistas, o que caracteriza o homem em todos os tempos e lugares. Este estudo era dado na escola do "gramático", que seguia algumas fases; ditado de fragmento do texto, memorização deste, tradução da prosa em verso, expressão da mesma idéia em diversas construções, análise das palavras e frases e composição literária. Assim se instruía a elite romana.Para os escravos não era permitido o direito de estudar, eram tratados como objetos, aprendiam a fazer arte nas casas onde serviam.A sociedade romana era composta de grandes proprietários: patrícios, grandes proprietários e plebeus, pequenos proprietários, que eram excluídos do poder, do direito ao voto.Na época áurea do Império, a educação estava dividido em três graus: Escolas do ludi-magister, ministravam a educação elementar; Escolas do gramático: correspondia ao que hoje se conhece por ensino secundário; Estabelecimentos de ensino superior: era uma espécie de universidade, onde se ensinava a retórica, o Direito e a Filosofia.Os romanos impuseram o latim a numerosas províncias, conquistaram a Grécia, que transmitiu a filosofia da educação aos romanos.A filosofia era pouco difundida entre os romanos, e a pedagogia quando existe é voltada para questões práticas.Um nobre romano deveria aprender coisas sobre a agricultura, a guerra e a política. Aos poucos a classe aristocrática cede lugar a pequenos comerciantes, artesãos e para uma pequena classe de burocratas. O Império sentiu a necessidade de escolas que preparasse administradores, já que para a guerra não havia necessidade de escola, os quartéis ou a própria guerra resolviam o problema. O Estado se ocupa diretamente da educação, treinando supervisores-professores cujo regimento se parecia com os militares.A educação romana era utilitária e moralista, organizada pela disciplina e justiça. Dessa forma os romanos conquistaram um grande Império, fazendo escravos os povos por eles vencidos.
Roma e na Grécia, são sociedades escravistas, onde o trabalho manual não é valorizado, e o trabalho intelectual é considerado trabalho da aristocracia, que consiste numa pequena parcela da sociedade, os cidadãos livres.Seus estudos eram na maioria das vezes humanistas, o que caracteriza o homem em todos os tempos e lugares. Este estudo era dado na escola do "gramático", que seguia algumas fases; ditado de fragmento do texto, memorização deste, tradução da prosa em verso, expressão da mesma idéia em diversas construções, análise das palavras e frases e composição literária. Assim se instruía a elite romana.Para os escravos não era permitido o direito de estudar, eram tratados como objetos, aprendiam a fazer arte nas casas onde serviam.A sociedade romana era composta de grandes proprietários: patrícios, grandes proprietários e plebeus, pequenos proprietários, que eram excluídos do poder, do direito ao voto.Na época áurea do Império, a educação estava dividido em três graus: Escolas do ludi-magister, ministravam a educação elementar; Escolas do gramático: correspondia ao que hoje se conhece por ensino secundário; Estabelecimentos de ensino superior: era uma espécie de universidade, onde se ensinava a retórica, o Direito e a Filosofia.Os romanos impuseram o latim a numerosas províncias, conquistaram a Grécia, que transmitiu a filosofia da educação aos romanos.A filosofia era pouco difundida entre os romanos, e a pedagogia quando existe é voltada para questões práticas.Um nobre romano deveria aprender coisas sobre a agricultura, a guerra e a política. Aos poucos a classe aristocrática cede lugar a pequenos comerciantes, artesãos e para uma pequena classe de burocratas. O Império sentiu a necessidade de escolas que preparasse administradores, já que para a guerra não havia necessidade de escola, os quartéis ou a própria guerra resolviam o problema. O Estado se ocupa diretamente da educação, treinando supervisores-professores cujo regimento se parecia com os militares.A educação romana era utilitária e moralista, organizada pela disciplina e justiça. Dessa forma os romanos conquistaram um grande Império, fazendo escravos os povos por eles vencidos.
PENSAMENTO PEDAGÓGICO GREGO
Na educação grega era exigido que o ensino estimulasse as competições, as virtudes guerreiras para estimular a superioridade frente os povos conquistados. Os gregos deram enorme valor à arte, à literatura, às ciências e à filosofia.A educação do homem consistia na formação do corpo pela ginástica e na da mente pela filosofia e as ciências, e na moral pela música e pelas artes.Poucos aprendiam a governar, pois apenas os livres, os que tinham propriedade, pois os bem educados tinham de saber mandar e obedecer. Apenas os gregos livres tinham acesso a educação e ao diálogo, já que a educação naquela época, se dava através do diálogo.A paidéia, educação integral, consistia na integração entre a cultura da época e a criação de outra cultura recíproca. Apesar da riqueza de conhecimento na educação, existia na Grécia muitas diferenças entre os seus habitantes. Os espartanos davam mais valor a ginástica e a educação moral, voltada aos interesses do Estado. Enquanto os atenienses existia um interesse maior pela retórica e para o exercício da política.Os gregos eram educados através dos textos de Homero, que ensinava a virtude, o cavalheirismo, o amor à glória. O ideal homérico era de ser sempre melhor e conservar-se superior aos outros.Sócrates, Platão e Aristóteles, exerceram grande influência no mundo grego, não esquecendo dos sofistas que eram responsáveis por ensinar a retórica.O estudo era dividido em escolas que ensinavam desde a leitura do alfabeto até a retórica e a filosofia, passando pela filosofia e a educação física.
Na educação grega era exigido que o ensino estimulasse as competições, as virtudes guerreiras para estimular a superioridade frente os povos conquistados. Os gregos deram enorme valor à arte, à literatura, às ciências e à filosofia.A educação do homem consistia na formação do corpo pela ginástica e na da mente pela filosofia e as ciências, e na moral pela música e pelas artes.Poucos aprendiam a governar, pois apenas os livres, os que tinham propriedade, pois os bem educados tinham de saber mandar e obedecer. Apenas os gregos livres tinham acesso a educação e ao diálogo, já que a educação naquela época, se dava através do diálogo.A paidéia, educação integral, consistia na integração entre a cultura da época e a criação de outra cultura recíproca. Apesar da riqueza de conhecimento na educação, existia na Grécia muitas diferenças entre os seus habitantes. Os espartanos davam mais valor a ginástica e a educação moral, voltada aos interesses do Estado. Enquanto os atenienses existia um interesse maior pela retórica e para o exercício da política.Os gregos eram educados através dos textos de Homero, que ensinava a virtude, o cavalheirismo, o amor à glória. O ideal homérico era de ser sempre melhor e conservar-se superior aos outros.Sócrates, Platão e Aristóteles, exerceram grande influência no mundo grego, não esquecendo dos sofistas que eram responsáveis por ensinar a retórica.O estudo era dividido em escolas que ensinavam desde a leitura do alfabeto até a retórica e a filosofia, passando pela filosofia e a educação física.
O PENSAMENTO PEDAGÓGICO CRÍTICO
Depois de duas guerras mundiais, os existencialistas e fenomenologistas se perguntavam o que estava acontecendo de errado com a educação.Entre os maiores críticos, está o filósofo Louis Althusser e os sociólogos, Pierre Bordieu e Jean Claude Passeron, cujas obras tiveram grande influência no pensamento pedagógico brasileiro na década de 70. Elas demonstraram o quanto a educação reproduz a sociedade.Pensamentos dos principais idealizadores do Pensamento Pedagógico Crítico:· Louis Althusser: A escola-família substitui o binômio igreja-família como aparelho ideológico dominante. É a escola obrigatória durante muitos anos, na vida do ser humano. · Bordieu e Passeron: Para eles, toda ação pedagógica é objetivamente uma violência simbólica enquanto imposição, por um poder arbitrário. A ação pedagógica tende à reprodução cultural e social simultaneamente.· Baudelot e Establet: Empreenderam um estudo profundo do sistema escolar, destruindo a representação ideológica da escola única. Dizem que existe na verdade, duas redes escolares, a secundária-superior, reservada para a classe dominante, e a primária-profissional reservada para as classes dominadas.· Jesus Palácios: Afirma que a escola não é nem a causa, nem o instrumento da divisão da sociedade em classes.· Walter Benjamin: Criticou o ensino nas universidades, onde predominava a informação ao invés da formação.· Basil Bernstein: Estudou a relação entre a língua e as diferenças sociais. Dedicou especial atenção à linguagem das classes trabalhadoras.· Henry Giroux: Se dedicou ao estudo da sociologia da educação, da cultura, da alfabetização e da teoria do currículo.· Stanley Aronowitz: Analisa a teoria crítica e seus fundamentos.· Carnoy: Defende a tese de que só os movimentos sociais, podem tornar a escola mais democrática.
Depois de duas guerras mundiais, os existencialistas e fenomenologistas se perguntavam o que estava acontecendo de errado com a educação.Entre os maiores críticos, está o filósofo Louis Althusser e os sociólogos, Pierre Bordieu e Jean Claude Passeron, cujas obras tiveram grande influência no pensamento pedagógico brasileiro na década de 70. Elas demonstraram o quanto a educação reproduz a sociedade.Pensamentos dos principais idealizadores do Pensamento Pedagógico Crítico:· Louis Althusser: A escola-família substitui o binômio igreja-família como aparelho ideológico dominante. É a escola obrigatória durante muitos anos, na vida do ser humano. · Bordieu e Passeron: Para eles, toda ação pedagógica é objetivamente uma violência simbólica enquanto imposição, por um poder arbitrário. A ação pedagógica tende à reprodução cultural e social simultaneamente.· Baudelot e Establet: Empreenderam um estudo profundo do sistema escolar, destruindo a representação ideológica da escola única. Dizem que existe na verdade, duas redes escolares, a secundária-superior, reservada para a classe dominante, e a primária-profissional reservada para as classes dominadas.· Jesus Palácios: Afirma que a escola não é nem a causa, nem o instrumento da divisão da sociedade em classes.· Walter Benjamin: Criticou o ensino nas universidades, onde predominava a informação ao invés da formação.· Basil Bernstein: Estudou a relação entre a língua e as diferenças sociais. Dedicou especial atenção à linguagem das classes trabalhadoras.· Henry Giroux: Se dedicou ao estudo da sociologia da educação, da cultura, da alfabetização e da teoria do currículo.· Stanley Aronowitz: Analisa a teoria crítica e seus fundamentos.· Carnoy: Defende a tese de que só os movimentos sociais, podem tornar a escola mais democrática.
O PENSAMENTO PEDAGÓGICO BRASILEIRO
Graças ao pensamento iluminista trazido da Europa por intelectuais e estudantes que não tinham mais tantos laços com a Igreja, deram os primeiros passos, embora tímidos, para as mudanças do pensamento pedagógico brasileiro.O pensamento pedagógico teve grande ajuda dos jesuítas, que difundiram nas classes populares a religião subserviência, da dependência ao paternalismo, características marcantes da cultura brasileira até os dias de hoje.O primórdio da educação brasileira foi Rui Barbosa, que pregava a liberdade de ensino, a instrução obrigatória, este se inspirou no sistema educacional da Inglaterra, Alemanha e Estados Unidos.No início deste século a educação teve grande interesse nos movimentos anárquicos, tinham no seu pensamento que se não ocorressem mudanças profundas na mentalidade das pessoas, a revolução social desejada jamais alcançaria o seu objetivo.Anos depois a educadora Maria Lacerda de Moura, que combatia o analfabetismo , defendia a educação dos sentidos e o estudo do crescimento físico. Dizia que era necessário declarar guerra ao analfabetismo, ao orgulho tolo, à ambição, ao egoísmo, à prepotência, assegurada pela autoridade do diploma e do bacharelado incompetente.Em 1944, o Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos, inicia a publicação da Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, um precioso testemunho da história da educação no Brasil, fonte de informação para os educadores brasileiros até hoje.Paulo Freire, foi o maior contribuinte da alfabetização de jovens e adultos, que desenvolveu uma teoria pedagógica que envolvia a pesquisa participante e os métodos de ensinar. O seu pensamento humanista e crítico na história tem seus problemas e o educador tem de saber o que fazer com elas.Florestan Fernandes, defensor da escola pública, seu pensamento sociológico criou um novo estilo de pensar sobre a realidade social. Já para Luiz Pereira a solução dos problemas dentro da escola, depende da solução dos problemas externos a ela, envolvendo o aspecto econômico e social. Para Rubem Alves o educador se descobre como um ser vivo, onde as sensações estão envolvidas com o seu trabalho. Para Antônio Muniz de Azevedo a educação é um processo permanente de aperfeiçoamento humano. Darcy Ribeiro analisou o ensino público, extinção do 3º turno, aperfeiçoamento do magistério, implantação de escolas integradas, onde a criança permaneceria mais tempo na escola, com professores competentes e com orientação que a maioria não encontram em casa.Pode-se dizer que o pensamento pedagógico brasileiro, têm sido definido por duas tendências gerais; a liberal e a progressista. Os educadores e os teóricos da educação liberal defendem a liberdade de ensino. E da educação progressista defendem a formação de um cidadão crítico e participante. O pensamento pedagógico brasileiro é muito rico e está em movimento.
Graças ao pensamento iluminista trazido da Europa por intelectuais e estudantes que não tinham mais tantos laços com a Igreja, deram os primeiros passos, embora tímidos, para as mudanças do pensamento pedagógico brasileiro.O pensamento pedagógico teve grande ajuda dos jesuítas, que difundiram nas classes populares a religião subserviência, da dependência ao paternalismo, características marcantes da cultura brasileira até os dias de hoje.O primórdio da educação brasileira foi Rui Barbosa, que pregava a liberdade de ensino, a instrução obrigatória, este se inspirou no sistema educacional da Inglaterra, Alemanha e Estados Unidos.No início deste século a educação teve grande interesse nos movimentos anárquicos, tinham no seu pensamento que se não ocorressem mudanças profundas na mentalidade das pessoas, a revolução social desejada jamais alcançaria o seu objetivo.Anos depois a educadora Maria Lacerda de Moura, que combatia o analfabetismo , defendia a educação dos sentidos e o estudo do crescimento físico. Dizia que era necessário declarar guerra ao analfabetismo, ao orgulho tolo, à ambição, ao egoísmo, à prepotência, assegurada pela autoridade do diploma e do bacharelado incompetente.Em 1944, o Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos, inicia a publicação da Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, um precioso testemunho da história da educação no Brasil, fonte de informação para os educadores brasileiros até hoje.Paulo Freire, foi o maior contribuinte da alfabetização de jovens e adultos, que desenvolveu uma teoria pedagógica que envolvia a pesquisa participante e os métodos de ensinar. O seu pensamento humanista e crítico na história tem seus problemas e o educador tem de saber o que fazer com elas.Florestan Fernandes, defensor da escola pública, seu pensamento sociológico criou um novo estilo de pensar sobre a realidade social. Já para Luiz Pereira a solução dos problemas dentro da escola, depende da solução dos problemas externos a ela, envolvendo o aspecto econômico e social. Para Rubem Alves o educador se descobre como um ser vivo, onde as sensações estão envolvidas com o seu trabalho. Para Antônio Muniz de Azevedo a educação é um processo permanente de aperfeiçoamento humano. Darcy Ribeiro analisou o ensino público, extinção do 3º turno, aperfeiçoamento do magistério, implantação de escolas integradas, onde a criança permaneceria mais tempo na escola, com professores competentes e com orientação que a maioria não encontram em casa.Pode-se dizer que o pensamento pedagógico brasileiro, têm sido definido por duas tendências gerais; a liberal e a progressista. Os educadores e os teóricos da educação liberal defendem a liberdade de ensino. E da educação progressista defendem a formação de um cidadão crítico e participante. O pensamento pedagógico brasileiro é muito rico e está em movimento.
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